top of page

Rundbrief März 2024

Wir laden Sie ein in den neusten Rundbrief von Voz do Cerrado einzutauchen. 

Zudem finden sie hier nochmals den im Rundbrief gedruckten Artikel von Laís Marcelina Azevedo und Patrícia Sousa Azevedo, Schülerinnen im 3. Jahr an der Escola Família Agrícola de Veredinha (EFAV).

20240312_134516.jpg

Die Debatte über den Klimawandel steht schon seit langem auf der Tagesordnung vieler Länder und hat auch einen festen Platz in der globalen Agenda. In den Kleinstädten und ländlichen Gemeinden Brasiliens wird das Thema aber erst seit kurzem intensiver diskutiert. Es ist wichtig zu betonen, dass die Kleinbauernfamilien die klimatischen Veränderungen bereits spüren und die Auswirkungen am eigenen Leib erfahren. Im Landesinnern Brasiliens ist die Regenzeit in den Monaten Oktober, November und Dezember am intensivsten. 2023 gab es jedoch einen schweren Regenmangel, von dem alle betroffen waren, von den Kleinbäuerinnen bis zu den Grossproduzenten. Dies hat die Dringlichkeit der Behandlung dieser Problematik hervorgehoben. Die klimatischen Veränderungen zeigen sich in der Intensität der Dürreperioden, der zunehmenden Wasserknappheit, der Absenkung des Grundwasserspiegels, dem Auftreten hoher Temperaturen und sehr starker Winde, einer grösseren Häufigkeit von Blitzen und Hagel, dem Verlust von Saatgut, der Beschädigung von Kulturen und vielem mehr. Der gravierendste Faktor ist zweifellos der Wassermangel. Die Frauen sind am stärksten davon betroffen, da die meisten ihrer Aufgaben direkt mit dem Wasserverbrauch zusammenhängen. Die Autonomie der Frauen bei der Ausführung ihrer Tätigkeiten ist dadurch eingeschränkt. In der Landwirtschaft kommt der Rückgang ihrer produktiven und einkommensschaffenden Arbeiten hinzu. Der Klimawandel trägt somit zu einer zunehmenden Ungleichheit zwischen den Geschlechtern bei. 
(Laís Marcelina Azevedo und Patrícia Sousa Azevedo)

 

As mudanças climáticas: agora é possível sentir?

Laís Marcelina Azevedo, 17 anos, 3º ano do Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico em Agropecuária; Patrícia Sousa Azevedo, 17 anos, 3º ano do Ensino Médio Integrado ao Curso Técnico em Agropecuária

Há muito tempo, o debate a respeito das mudanças climáticas vem ocupando as agendas de muitos países ganhando alcance de nível global. Ainda é recente nas pequenas cidades e nas comunidades rurais brasileiras a problematização desse assunto. Vale ressaltar que os agricultores familiares já sentiam essas mudanças, além de vivenciarem esses impactos na pele.

No Brasil, o período chuvoso ocorre de forma mais intensa durante os meses de outubro, novembro e dezembro, no entanto, em 2023, houve grande falta de chuva que afetou do pequeno agricultor ao grande produtor, significando um marco para que essa temática fosse apontada com caráter de urgência.

Essas mudanças podem ser percebidas com a intensidade dos períodos da seca, o aumento da escassez de água, diminuição do lençol freático, a incidência de altas temperaturas, a ocorrência de ventanias muito fortes, maior frequência de raios e chuva de granizo, a perda de sementes, prejuízos nas lavouras e dentre outros.

O fator mais agravante, sem dúvida, é a falta de água e as mulheres são as mais afetadas, pois os seus afazeres, em grande maioria, estão diretamente relacionados com o uso da água. A autonomia da mulher na gestão das suas atividades é altamente precarizada, além da redução das suas práticas produtivas e de geração de renda. Desse modo, percebe-se que as mudanças climáticas contribuem para o aumento da desigualdade de gênero.

No Vale do Jequitinhonha, o trabalho da EFAV e do CAV em defesa da agroecologia, da educação do campo e a implantação de tecnologias sociais de captação de água da chuva amenizam esses impactos ambientais, possibilitando alternativas de geração de renda para as famílias camponesas, além do processo de formação política das mulheres. A presença da EFAV, no território é muito potente que se projeta no presente, a formação dos jovens e, no futuro, adultos, comprometidos com a produção e reprodução da vida humana e da natureza.

Laís Marcelina Azevedo und Patrícia Sousa Azevedo, Schülerinnen an der Escola Família Agrícola de Veredinha (EFAV).

Bildschirmfoto 2024-03-27 um 15.48.52.png
bottom of page